Palavras como perdão, compaixão e empatia não são novas para nós, mas pode haver alguma incerteza sobre como aplicar esses conceitos à nossa vida diária no mundo de hoje, um mundo que parece estar ficando mais congestionado, complicado, cheio de voltas e mais voltas, e progredindo no que parece ser a velocidade da luz.

 

O que significa perdoar alguém e como podemos perdoar se a pessoa não tem senso de responsabilidade ou responsabilidade por suas ações? Por que é que compaixão é uma palavra tão difundida, mas que ainda existe ódio e conflito entre as pessoas?  E o que significa viver  a empatia dentro de nós em uma sociedade intolerante? Essas são questões com as quais mais e mais pessoas estão lidando no mundo inteiro, e esta nossa reflexão poderá trazer alguma contribuição para as nossas vidas.

 

O que significa perdoar alguém e como podemos perdoar se a pessoa não tem senso de responsabilidade ou responsabilidade por suas ações? Por que é que compaixão é uma palavra tão difundida, mas que ainda existe ódio e conflito entre as pessoas?  E o que significa viver  a empatia dentro de nós em uma sociedade intolerante? Essas são questões com as quais mais e mais pessoas estão lidando no mundo inteiro, e esta nossa reflexão poderá trazer alguma contribuição para as nossas vidas.

 

Nesta Era, quando vivemos em uma sociedade tão heterogênea e, em última análise, em um mundo que se parece cada vez mais com um caldeirão pegando fogo por nos apresentar tantas singularidades e tantas variedades mesmo dentro de cada subgrupo, mais do que nunca, precisamos lidar com isso e aprender sobre isso, para assim podermos fazer parte desse “todo” trazendo a cooperação que em tempos contemporâneos é uma obrigação pessoal nesta Era.

 

Vamos pensar que estar mal informado; ter uma necessidade de se sentir “mais especial” em alguns aspectos ilusórios do que outros, ficar preso em uma zona de conforto; e sentir que têm que fazer parte de uma multidão contra algum “outro” para ganhar a sensação de segurança que lhe falta interiormente, são fatores que nos prendem e que nos impedem de encontrar o caminho em direção à nossa verdade interior.

 

Perdão

O perdão não é um comportamento externo e verbal apenas, mas sim um estado interno de ser e sentir. É quando deixamos de lado ressentimentos, má vontade, reclamação e amargura ou qualquer outro sentimento negativo que temos em relação `a alguém ou algo. Essa bagagem de negatividade nos prejudica mais do que qualquer outra, porque temos que ser nós que a carregamos. De certa forma, somos nós que nos prejudicamos mais do que qualquer outra pessoa.

 

Além disso, esses sentimentos negativos são contraproducentes e não conduzem a nenhuma solução lógica e orientada para os problemas ou a quaisquer mudanças saudáveis. Portanto, para chegarmos a um estado natural de cura interior, precisamos nos livrar de quaisquer apegos ansiosos e sentimentos internos negativos que temos em relação a outra pessoa.

 

Isso nos libertará do fardo pesado e, então, poderemos pensar com clareza e lógica sobre como precisamos responder à situação em vez de reagir.

 

Portanto, o perdão nos beneficia mais do que qualquer outra emoção. Uma vez que podemos perdoar, voamos acima de nosso rio emocional e respondemos à emoção sentindo-a e aprendendo seus sinais, então podemos acalmá-la e usar nossa lógica para responder.

 

Esta é uma característica de indivíduos emocionalmente saudáveis e inteligentes. Para perdoar, precisamos aprender a lidar com nossos sentimentos primitivos, como medo intenso, que leva à ansiedade desequilibrada e a uma sensação de ressentimento, que por sua vez leva à agressão em vez de uma reação saudável.

 

Compaixão

Precisamos aprender a sentir compaixão por todos incondicionalmente independentemente de eles terem a mesma cor de pele, crenças, nacionalidade, raça, educação, status socioeconômico ou qualquer outra coisa. Essa é uma semente que devemos plantar dentro de nós e deixá-la crescer. Vivemos numa sociedade que nos estimula a sermos individualistas, egoístas, egocêntricos.

 

Precisamos inverter o nosso aprendizado para introjetarmos que somos mais unidos do que pensamos e que o sentimento de compaixão traz mais cooperação entre as pessoas e mais equilíbrio sadio, em vez de formas prejudiciais de competição, de frivolidades e de desprezo ao outro. Uma sociedade saudável não é uma sociedade dividida, mas unida, onde as pessoas sentem compaixão umas pelas outras.

 

Com mais conhecimento, obtemos mais compreensão e, com isso, nasce a acessibilidade ao nosso senso interno de compaixão incondicional.  Pense que sentir compaixão por alguém não significa que  não responsabilizemos as pessoas por algo negativo que possam ter feito; significa apenas que entendemos a raiz dos seus problemas e como eles foram criados, em vez de olhar somente para o comportamento externo e superficial. Assim, podemos encontrar soluções produtivas e de longo prazo para poder ajudar alguém. A compaixão diminui o sentimento de rejeição do outro, que por si só já é a raiz de muitos comportamentos destrutivos.

 

Empatia

A empatia certamente não significa que lidemos com  um comportamento prejudicial de alguém dando um aceite. A empatia significa que tentamos reconhecer a escuridão, bem como a luz, para que, por meio desse reconhecimento, possamos fazer as nossas mudanças necessárias em direção ao outro. Somente quando tratamos algo ou alguém com respeito e ética, é que podemos lidar com empatia, em vez de rejeição.

 

Precisamos cuidar de nossos pontos cegos e trazê-los à luz. Um bom exemplo de ponto cego,  é quando um problema foi nos representado incorretamente por meio de fontes cuja intenção é atrair públicos em vez de fornecer informações válidas. Outro é o conceito de conjunto mental, que nos remete a estratégias que funcionaram no passado, mas agora podem ser um obstáculo. Outro é o conceito de vieses de confirmação, que nos dispõe a buscar apenas evidências que sustentem nossas crenças iniciais. E ainda outro é uma perseverança de crença, que nos leva a manter nossa crença mesmo quando elas foram desacreditadas.

 

O termo “empatia” é usado de maneira bastante comum  para descrever uma ampla gama de experiências. Os pesquisadores das emoções geralmente definem empatia como a habilidade de sentir as emoções de outras pessoas, juntamente com a habilidade de imaginar o que outra pessoa pode estar pensando ou sentindo.

 

Os pesquisadores mais contemporâneos freqüentemente diferenciam dois tipos de empatia : “Empatia afetiva” refere-se às sensações e sentimentos que obtemos em resposta às emoções dos outros; isso pode incluir espelhar o que a pessoa está sentindo ou apenas estressar quando detectamos o medo ou a ansiedade de outra pessoa. “Empatia cognitiva”, às vezes chamada de “tomada de perspectiva”, refere-se à nossa capacidade de identificar e compreender as emoções de outras pessoas.

 

Para ser capaz de nutrir essas qualidades positivas de perdão, compaixão e empatia, você pode lembrar que este é um processo contínuo, então seja misericordioso, compassivo e aceite a si mesmo e os seus próprios erros. Enquanto estivermos fazendo um esforço honesto neste sentido, estaremos no caminho certo. Quando você analisar algo ou alguém, encontre sempre uma fonte confiável para aprender mais sobre isso. Pesquise as raízes, história e o outro lado da história. Desafie sua mente quando ela ficar presa em um preconceito. Pratique expandir seu senso de compaixão para aqueles que você não conhece. Saia de sua zona de conforto e expanda seu horizonte.

Algumas ideias para reflexão:

* Aprenda a aceitar a si mesmo e só então você poderá projetar isso nos outros.

* Aprenda que você é um todo com pontos fortes, fracos e intermediários.

* Se você deseja se experimentar plenamente e praticar todo o seu potencial, precisa aprender a reconhecer e respeitar todos os seus elementos.

* O que você aceita, você pode mudar e assumir o controle, mas o que você nega, evita ou rejeita só vai ficar mais denso e sombrio e não controlável.