É muito fácil amar o nosso primeiro ciclo vivencial de pessoas em nossa vida, como a nossa própria família ou aqueles que convivem pacificamente conosco. Mas e amar incondicionalmente alguém que não conhecemos? O amor humano é egoísta e limitado, que em geral, aplicamos ao nosso próprio bem. Transcender o amor humano é uma das lições mais difíceis de aprender, se não a mais dura. O amor humano e o amor universal estão em pontas diferentes mas podem se complementar diante dos nossos esforços evolutivos.

O amor universal é o amor absolutamente incondicional, ilimitado e sempre aplicado ao Bem geral, portanto não é apenas fazer a caridade à alguém ou à algum grupo específico, até porque a caridade deve ser um conjunto de ações benignas do nosso dia a dia, ou seja, tem que fazer parte do nosso cotidiano. É um equívoco pensar que somente é possível praticar a caridade por meio de bens materiais. O valor da doação não está na quantidade do que se doa e sim nos sentimentos que promovem a doação

Amar fraternalmente é a arte da vida humana que cria condições para se vivenciar uma vida de Luz. Quando temos a oportunidade de ajudar desinteressadamente a todos sem exceção, de fazer o Bem sem olhar a quem, de realizar atividades simples mas profundamente assistenciais e de praticar e dedicar a oração fervorosa para todos, estamos em contato com o amor universal.

As pessoas que vivenciam o amor incondicional são canais de Luz conectadas ao princípio inteligente, à Deus, permitindo consciencialmente que o amor egoísta, o amor humano, seja totalmente transcendido para esferas elevadas em pról de todos, da humanidade inteira.

Amar de maneira universal é reconhecer como família a nossa família espiritual, ou seja,  todos os seres humanos da Terra. Os efeitos da Lei do Amor são a melhoria existencial de toda a raça humana e a implantação da felicidade em nossa estadia na vida terrestre.

Quando o amor universal transborda em você, as palavras de compaixão saem naturalmente de sua fala, você reconhece sem esforços no “outro” a sua própria humanidade, a doação da sua energia passa a ser curativa, e todos os seus meios de expressão ganham serenidade e pacifismo.

O amor universal se expressa pela:

  • Tolerância:  Reconhece aos outros o direito de terem opiniões diferentes ou opostas às suas.
  • Benevolência: O amor é sempre benigno e a pessoa benigna se compromete a fazer somente o Bem. Ela se satisfaz em promover a satisfação e a alegria alheia. Deseja o Melhor para todos e qualquer pessoa.
  • Incondicionalidade: É o tipo de virtude que expressa o amor universal sem impor condições, ou seja, sem interesses. É o amor sem chantagens, cobranças e exigências.
  • Capacidade do Perdão: É a virtude para o exercício do amor universal pois é o amor que não se ressente do Mal do seu inimigo, que não alimenta o rancor, raiva e ressentimento. É o amor que não se fixa nos pontos negativos do “outro”.
  • Maturidade: Quando o amor universal é vivido sem ciúmes como nas manifestações do amor humano.
  • Respeito: É o amor que não ultrapassa o limite do “outro”, não invade a privacidade alheia.
  • Lealdade: O amor universal é cosmoético. São as manifestações, atitudes, pensamentos, sentimentos totalmente alicerçados no fraternismo, na assistencialidade, na sinceridade amorosa, na honestidade de caráter, na fidelidade ao Sagrado.
  • Humildade: O amor universal não se vangloria por  gestos de tolerância, benevolência, incondicionalidade, perdão, maturidade, respeito e lealdade, ou seja, é o amor que não se vangloria por tudo o que se faz em pról do “outro”.

 

A evolução é lei universal e irrevogável, mas dois caminhos nos são oferecidos para percorrê-la: dor ou amor. A prática do amor universal proporciona polimento indolor em nossas almas, suaviza-nos as arestas, desenvolve-nos o altruísmo, o fraternismo e  harmoniza nossa convivência com os semelhantes. Essa decisão é sempre nossa.